Nessa época do ano, em cada convenção de empresa que participo, o que mais se ouve nas rodinhas dos colaboradores do setor comercial é a preocupação (ou não) de cada um em relação às metas estabelecidas e que muitas vezes não foram alcançadas (ou foram no último suspiro).
Mas como chegamos a essa meta que uma empresa estipula para sua equipe? Ela é mesmo inalcançável ou as pessoas reclamam a toa? Amigos, a meta nada mais é do que uma média!
Vamos à prática. Quando os diretores de uma empresa se reúnem para fazer o planejamento estratégico do próximo ano, são levantados todos os custos, despesas e investimentos necessários para manter a empresa competitiva.
Por exemplo: qual é o valor da folha de pagamento de todos os funcionários? Coloca-se esse número na planilha. Qual ou quais equipamentos a empresa precisa adquirir este ano para ser competitiva? Coloca-se mais um valor na planilha. Qual é, como é, quanto é, a propaganda e em que meios de comunicação precisaremos investir este ano para aumentar a credibilidade dos nossos produtos e assim ajudar nossos vendedores e representantes nas vendas? Quantos por cento a empresa precisa crescer este ano para manter-se a frente nos negócios e não perder espaço para a concorrência? E assim por diante, todos os valores são lançados e o total é dividido pela força de vendas, ou seja, pela quantidade de representantes e vendedores. Assim chega-se a média, que chamamos de meta.
A meta nada mais é que o número de sobrevivência da empresa. Mas ainda não é o ideal. O ideal seria ultrapassar a meta para ter caixa saudável, e assim poder fazer investimentos mais ousados e inovar, seja em tecnologia, modernização, pesquisa, desenvolvimento de pessoal, instalações, novos mercados, PLR, enfim. Porém, muitos vendedores se fixam na meta da empresa e não em sua meta pessoal. Quando a sua meta é a que a empresa estipula, você está trabalhando para uma empresa e não para você mesmo, para seu próprio futuro.
Nas palestras de vendas que realizo, muitas vezes me pedem para ser o mestre de cerimônia da premiação aos campeões de vendas do último período. É incrível como o padrão se repete, seja a empresa que for, no segmento que for, na localização que for. O campeão de vendas vende aproximadamente dez vezes mais que o último colocado. Mas por quê? Porque o campeão de vendas não pensa na meta da empresa, ele pensa em sua própria realização pessoal. Pensar na meta da empresa é o mesmo que pensar em salário mínimo. O salário mínimo não foi feito para ser a meta. Ele serve como um indexador. E só.
Tenha metas pessoais ousadas. O que você quer? Como gostaria que fosse sua vida? Qual o estudo que gostaria de proporcionar aos seus filhos? Como gostaria que fosse seu futuro, até mesmo na velhice? Que viagem quer fazer? Em que casa quer morar? E o que vai ter que fazer hoje para transformar tudo o que deseja em realidade?
Quando as metas pessoais estão vinculadas aos sonhos, ou seja, a desejos reais, genuínos e ardentes, ganhamos força para avançar e atraímos as condições necessárias, seja em conhecimento, oportunidade ou visão para a realização.
Saia da média, você nasceu para ter muito mais. Pense grande!
Autor: Alexandre Bernardo